Educação financeira na infância: Preparando Jovens para um futuro equilibrado

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A importância da educação financeira na infância ganha destaque como uma poderosa ferramenta para preparar os jovens brasileiros para um futuro mais equilibrado, com finanças estáveis e menor índice de endividamento, segundo especialistas consultados pela CNN.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento das famílias brasileiras atingiu a marca de 78,3% em fevereiro de 2023, após alcançar recorde em 2021. Diante dessa realidade, compreender como gerenciar as finanças desde cedo torna-se essencial para evitar problemas futuros.

Nayra Sombra, sócia da HCI Invest e planejadora financeira pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar), enfatiza que aprender sobre dinheiro desde a infância é uma maneira eficaz de formar adultos mais preparados para enfrentar diferentes cenários econômicos. Essa fase da vida é ideal para o aprendizado, pois somos fortemente influenciados pelo ambiente ao nosso redor. Pais e escolas têm um papel importante nessa jornada, estimulando o desenvolvimento financeiro das crianças desde cedo.

A educação financeira na infância é um processo de aprendizado que visa transmitir informações sobre a gestão de finanças pessoais. Através dela, as crianças podem desenvolver habilidades fundamentais, como métodos de economia, investimentos e controle de gastos. Especialistas reforçam a importância dessa abordagem, o que também é apoiado pelo Ministério da Educação (MEC), que criou o Programa de Educação Financeira para incentivar a temática.

Ivan Luiz Sanches, educador financeiro e criador da página Investidor Livre, enfatiza que mesmo antes de terem renda própria, é essencial que os jovens tenham contato com o tema, pois isso lhes proporciona noção de custos e desperta interesse pelas finanças. Ele sugere brincadeiras e jogos que envolvam dinheiro de alguma forma, como os tradicionais Banco Imobiliário e Jogo da Vida, ou mesmo atividades simples de fazer compras.

A conscientização financeira deve começar em casa, e esse processo pode ser uma “via de mão dupla”, como explica Ivan Luiz. As crianças e jovens podem trazer esse assunto importante para dentro do lar, colaborando para que os pais também desenvolvam uma consciência financeira mais sólida.

O debate sobre a inclusão da educação financeira no currículo escolar é antigo, e o Brasil vem avançando nesse sentido. O Ministério da Educação (MEC) fechou parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para disponibilizar cursos de educação financeira aos professores. Além disso, o Banco Central (BC) lançou o programa Aprender Valor, que já foi adotado por diversas escolas em diferentes estados.

Promover a educação financeira nas crianças requer ações no dia a dia, tornando a reflexão sobre finanças um processo natural. Dar o exemplo, discutir a realidade financeira da família, desestimular o consumo compulsivo e usar a tecnologia como aliada são algumas das formas de inserir esse aprendizado na rotina das crianças.

Ensiná-las a identificar o que é essencial e o que é supérfluo, através de métodos lúdicos de aprendizagem, também é fundamental para estimular o desenvolvimento da responsabilidade financeira desde a infância. Ao incentivar a educação financeira desde cedo, pais e educadores estão investindo no futuro financeiro dessas crianças, preparando-as para uma vida adulta mais equilibrada e próspera.

Com informações da CNN